Veneno de Cobra e Câncer - Boa Relação que você deve saber

SÃO PAULO, SP, 3 de novembro (Folhapress) - Um estudo inédito do Instituto Butantan, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, revelou que uma toxina do veneno da cascavel pode aumentar em 70% a expectativa de vida após o tratamento em casos de câncer de pele.

A pesquisa isolou a crotamina do restante do veneno e utilizou a substância em camundongos com melanoma. Além de aumentar a sobrevida, a toxina também retardou ou, em alguns casos, inibiu o desenvolvimento do tumor.

O estudo ainda demonstrou que a crotamina tem a mesma eficiência que outras drogas anticancerígenas, mas agride menos o sistema imunológico do paciente.

A toxina tem menor chance de induzir uma reação alérgica -que causa choque anafilático- e tem ação seletiva, atingindo somente as células do câncer de pele, permanecendo nelas por aproximadamente 24 horas, fato que poderá permitir uma única dose diária caso a droga seja utilizada no futuro.

Por causa de sua capacidade de diferenciar as células normais das cancerígenas, a substância extraída do veneno é usada em outras pesquisas como ferramenta biotecnológica para desvendar diferenças entre células, podendo ajudar na criação de novos medicamentos.

Antes de ser testada em seres humanos, os pesquisadores estão trabalhando para obter a crotamina na forma sintética. "A partir dai, podemos começar os testes clínicos e se todos os resultados forem positivos. Podemos ter medicamento para melanoma ou outros tipos de câncer em até cinco anos", destaca Irina Kerkis, geneticista do Butantan e coordenadora do projeto.

FolhaPress

10 Doenças que acometem os Executivos do Brasil

A pesquisa investigou as doenças mais comuns e os hábitos de 15 mil profissionais
Foto: Getty Images
A operadora de saúde Omint realizou uma pesquisa para avaliar as condições de saúde dos executivos brasileiros. Para isso, 15 mil profissionais entre média gerência e alto escalão foram avaliados.

Além das doenças mais comuns, o estudo ainda avaliou os hábitos que levam ao aumento do risco de problemas cardíacos e outras enfermidades graves. A poluição e a manutenção inadequada do ar condicionado no ambiente corporativo colocou a rinite alérgica no topo do ranking. A doença atinge quase 29% dos executivos analisados. O segundo lugar é ocupado pela alergia de pele, atingindo cerca de 22% do total, seguido de dor no pescoço e/ou ombros, com mais de 19%.

Porém, problemas de ansiedade e excesso de peso também causam preocupação. Os números da pesquisa mostram que 95,5% dos executivos brasileiros não mantém uma alimentação equilibrada no dia a dia, 44% são sedentários e 31,7% têm índice elevado de estresse. “Esses indicadores tem permanecido estáticos nos últimos três anos, embora boa parte deles revelem intenção de mudança de hábitos alimentares e inclusão de atividades físicas na rotina”, revela Caio Soares, diretor médico da Omint e coordenador do estudo.

Entre as patologias mapeadas pelo estudo, a ansiedade é a que apresentou maior crescimento entre os executivos avaliados pela operadora nos últimos três anos, com um crescimento de 24%. “A ansiedade está associada ao estresse, que é um dos grandes vilões da saúde. Além de, por si só, agravar ou acelerar o desenvolvimento de doenças, também afasta da serenidade necessária para iniciar o processo de mudanças de hábitos. Não é fácil!”, explica Soares.

Já o excesso de peso se manteve estável. De acordo com a pesquisa, 38,6% dos executivos estão com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 25. Dentro desse universo, 18,99% são homens e 11,53% mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser considerada obesa uma pessoa que tem IMC acima de 30.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares a pesquisa avaliou uma queda de 8,15%. Já os indicadores de diabetes e colesterol alto seguem estáveis. Atingem 2,3% e 2,04% da população avaliada, respectivamente.

Confira o ranking completo:

1. Rinite – 28,97%
2. Alergia de pelo – 22,41%
3. Dor no pescoço e/ou ombros – 19,36%
4. Excesso de peso – 18,42%
5. Ansiedade – 18,19%
6. Dor de cabeça frequente – 16,50%
7. Asma ou bronquite – 13,47%
8. Colesterol alto – 11,53%
9. Insônia – 10,83%
10. Dor crônica nas costas – 8,52%

Terra

Tudo a ver - Bebidas e Obesidade

Recentemente conheci uma jovem mulher e consciente sobre a saúde, que insistiu que o tamanho das bebidas adoçadas com açúcar não deveria ser previsto por lei.

"Incentivar as pessoas a beberem menos dessas bebidas é algo que deve ser feito através da educação", ela disse.

É uma opinião compartilhada entre muitos. Alguns podem não estar cientes do papel que essas bebidas têm na crescente epidemia de obesidade e de diabetes tipo 2. Poucos sabem do histórico decepcionante de esforços feitos para mudar o comportamento das pessoas apenas através da educação.

A mulher estava reagindo a uma regulamentação da cidade de Nova York, que entra em vigor em março, limitando o tamanho dessas bebidas a 470 ml em restaurantes, carrinhos de rua, cinemas e eventos esportivos. Lojas de conveniência, máquinas automáticas e algumas bancas de jornal estão isentas.

Vários novos estudos ressaltam o potencial de saúde pública causado pela restrição. Se tiver sucesso, é provável que seja imitado em outros lugares, pois o amor da nação por refrigerantes de tamanho gigante está custando às cidades e aos estados bilhões de dólares anualmente com despesas médicas.

A gula por doces é enlouquecedora

Todos nós nascemos com uma preferência natural pelo doce, o que durante a evolução nos permitiu perceber quando as frutas estavam maduras e prontas para serem comidas. Mas, como colocou Gary K. Beauchamp, biopsicólogo e diretor do Monell Chemical Senses Center, um instituto de pesquisas sem fins lucrativos na Filadélfia, "nós separamos o gosto bom da comida boa". Nossa gula por doces não está mais trabalhando a nosso favor.

Ninguém alega que bebidas adoçadas sejam a única razão pela qual os americanos estão mais gordos e têm desenvolvido altas taxas de diabetes tipo 2. Mas em momento algum na história nós ingerimos mais adoçantes calóricos do que hoje, e os refrigerantes são os grandes culpados.

As bebidas adoçadas, maior fonte de calorias em nossas dietas, respondem por quase metade do total de açúcar que consumimos e 7 por cento do total de calorias – chegando a quase 15 por cento em alguns grupos, incluindo garotos na adolescência. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin relataram em 2005 que os alunos em média consomem anualmente 14 kg de açúcar nas bebidas adoçadas.

A Coca-Cola costumava vir em garrafas de 230 ml com 97 calorias. Hoje as pessoas compram latinhas de 350 ml com 145 calorias (o equivalente a 10 colheres de sopa de açúcar); garrafas de 590 ml com 242 calorias; Big Gulps de 950 ml; Super Big Gulps de 1,3 l com 533 calorias; e Double Gulps de 1,9 l com 776 calorias. A diferença de preço entre esses tamanhos é mínima.

Essas calorias são nutricionalmente vazias, ao contrário das encontradas nas frutas, legumes, carnes, aves, peixes e laticínios, todos fontes de vitaminas e nutrientes essenciais.

Barbara J. Rolls, professora de ciência nutricional na Universidade Penn State, mostrou que falta um "fator de saciedade" nas calorias líquidas. Quando as pessoas tomam refrigerantes, elas não compensam adequadamente a refeição comendo menos calorias nas comidas sólidas.

Brian Wansink, diretor do Food and Brand Lab na Universidade de Cornell, diz que as bebidas não satisfazem tanto quanto as comidas sólidas por não terem uma textura e um "movimento de boca", e nós "tendemos a consumi-las tão rapidamente que nem as percebemos".

Muitos estudos observacionais têm ligado o consumo de bebidas adoçadas ao aumento de peso das crianças, e ao aumento de peso e surgimento da diabetes tipo 2 em adultos. Mas novas pesquisas vão muito além dessas descobertas.

Em um estudo realizado entre mulheres acompanhadas por quatro anos, as que consumiram uma ou mais dessas bebidas por dia praticamente dobraram o risco de desenvolver diabetes tipo 2, comparadas às que beberam menos de uma por mês. E os autores concluíram que aquelas que consumiram mais bebidas adoçadas também "aumentaram o consumo de energia" – ou seja, calorias – "das outras comidas, indicando que essas bebidas podem até mesmo induzir a fome e o consumo de comidas".

Dois estudos recentes no Jornal de Medicina de New England observaram os efeitos do peso em crianças e adolescentes quando bebidas sem açúcar eram substituídas por aquelas com adoçantes calóricos. Em ambos os casos, limitar o consumo de calorias líquidas reduziu o aumento de peso nas crianças, comparadas às que continuaram consumindo as bebidas adoçadas.

O autor de um dos estudos, realizado na Holanda, comentou: "As crianças nos EUA consumem em média quase três vezes mais calorias nas bebidas adoçadas", comparadas às crianças holandesas.

Logo depois do encerramento de outro estudo, realizado entre adolescentes em algumas áreas de Boston, os jovens passaram a consumir bebidas menos calóricas, o que mostra a importância tanto da educação quanto da regulamentação. O autor sênior, Dr. David S. Ludwig, disse que as descobertas enfatizam a necessidade de mudanças nas políticas públicas.

"Isso sugere que se queremos mudanças a longo prazo no peso, teremos que fazer mudanças permanentes a longo prazo em nosso ambiente para as crianças", disse ele ao New York Times quando a reportagem foi publicada.

Um terceiro estudo, publicado com os dois primeiros, descobriu uma ligação importante entre genética e os efeitos das bebidas adoçadas no peso. Homens e mulheres com uma predisposição a ganhar peso experimentaram um efeito mais aparente causado pelas bebidas adoçadas do que as pessoas que não tinham os 32 genes associados ao maior índice de massa corporal.

Melhorando os hábitos saudáveis

Educação importa. Se eu não acreditasse nisso, eu teria abandonado meu papel como educadora pública há muito tempo. Mas a história mostra claramente que educação não é o suficiente. Precisa ser acompanhada de restrições que desencorajem hábitos não saudáveis e de mudanças ambientais que apoiem os hábitos saudáveis.

Fumar cigarros é um exemplo clássico. Anúncios bem feitos explicando seus perigos – até mesmo avisos nos maços – não fizeram muito para ajudar pessoas a pararem de fumar e a impedir que os outros o fizessem. Só depois que fumar foi proibido em ambientes de trabalho, restaurantes, prédios públicos e nos meios de transporte é que milhões desistiram. Hoje em dia, cerca de um entre 5 homens americanos fuma. Há 40 anos, a média era de um a cada dois.

Do mesmo jeito que a indústria do tabaco contestou a ligação entre fumar e ter câncer durante anos, a Associação Americana de Bebidas diz que não há provas de que bebidas adoçadas sejam os grandes culpados pela obesidade e pela diabetes.

Mas porque esperar décadas por uma evidência conclusiva, quando milhões já terão adoecido ou morrido por causa da obesidade? Não é como se não houvesse alternativas já existentes para as bebidas adoçadas, incluindo aquelas com adoçantes não calóricos e águas com ou sem gás, com sabor ou sem. Se essas bebidas fossem menos caras e tivessem algum destaque, e mais pontos de vendas limitassem o tamanho e a disponibilidade de bebidas doces, poderíamos começar nesse caminho tão bem trilhado durante nossos esforços antitabagismo.

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Verão com Dicas de Beleza e Saúde

Movimento em academias aumenta durante o verão (Foto: Reprodução EPTV / Marcelo Rodrigues)
Personal, dermatologista e nutricionista estão entre os mais procurados.
Especialistas alertam sobre cuidados a serem tomados.

Sol, calor, verão, praia e corpo bonito. É nessa época do ano que as pessoas mais procuram as academias, nutricionistas e centros de estética em busca de um só objetivo: corpo esbelto. Mas a busca pelo físico perfeito nem sempre é cercada dos cuidados necessários e para saber como deve ser essa maratona pré-verão, o G1 conversou com alguns dos profissionais que ajudam essas pessoas a ficar mais bonitas e com uma das clientes de uma clínica de beleza de Campos dos Goytacazes.

 A digitadora Michele Siqueira, 34 anos, tem uma filha de seis anos e é bastante vaidosa. Há dois anos ela frequenta clínicas de estética por, no mínimo, duas vezes na semana, desde que fez uma lipoaspiração. Carboxiterapia, drenagem linfática, endermologia e lipocavitação estão entre os tratamentos preferidos dela para manter um corpo escultural.

— Já fiz lipoaspiração no abdomem e nos flancos e, após a cirurgia, precisei fazer sessões de drenagem e não parei mais — disse Michele.

 Perguntada se passaria por outra lipoaspiração, ela foi enfática. “Faria sim. Apesar de ser bem dolorida, o resultado é maravilhoso e é muito bom estar bem consigo mesma. Apesar de muitos acharem que é desnecessário encarar um centro cirúrgico em prol da beleza, muitas pessoas, assim como eu, querem estar de bem com a vida. Depois da lipo tudo mudou, até mesmo o meu casamento e a minha relação com os amigos.

Tratamentos de beleza podem trazer riscos para pacientes

 Assim como Michele, milhares de pessoas buscam nos tratamentos estéticos a solução para as indesejáveis gordurinhas e imperfeições do corpo. Mas para a presidente da Distrital Norte Fluminense da Sociedade Brasileira de Dermatologia, doutora Ana Maria Pellegrini, todos os tratamentos estéticos têm restrições e precisam de supervisão de um profissional capacitado.

— Até uma simples drenagem linfática ou limpeza de pele podem ter uma contraindicação. 

 É sempre importante procurar um profissional capacitado para indicar ou contraindicar o tratamento, porque o bom resultado vai depender de uma boa indicação. Não é qualquer profissional que está habilitado pra isso — disse a médica.

 Os tratamentos mais procurados na clínica da Doutora Pellegrini são as técnicas de rejuvenescimento da pele e tratamentos contra celulite. “As pessoas querem passar o fim de ano com a aparência melhor, sem rugas”, finalizou.

Academias chegam a ter movimento dobrado antes do verão

 Na busca pela beleza e saúde, ainda têm aqueles que preferem os exercícios físicos aos tratamentos estéticos. Segundo o professor de educação física e personal trainer, João Paulo Azevedo, que trabalha na área há quase dez anos, é também antes do verão que o movimento nas academias chega a ser 50% maior do que nos outros períodos do ano. Para o personal, esses são os já conhecidos 'alunos de verão'.

  Nesses casos, o cuidado com a hidratação, alimentação e duração dos exercícios físicos devem ser a principal preocupação dos praticantes dessas atividades. Segundo o personal, é preciso tomar os suplementos adequados, manter uma boa alimentação, ingerir muita água e procurar um profissional gabaritado para orientar os exercícios.

 — Uma má orientação na hora de fazer exercícios pode até causar uma lesão na pessoa. É preciso tomar cuidados para que esse aluno tenha o tipo de massa desejado e o principal deles é procurar uma academia séria. O indicado é malhar por, no máximo, duas horas por dia.

Cuidados com boa alimentação são indispensáveis

 Tratamentos de beleza e exercícios em academias são boas opções para quer quem ficar mais bonito, mas para que os resultados sejam ainda mais eficientes, é necessário uma alimentação controlada. Assim como as clínicas de estética e as academias, a procura por nutricionistas também é maior antes da estação mais quente do ano.

 — As pessoas querem ficar mais magras e usar roupas mais ousadas no verão e começam a nos procurar com o objetivo de emagrecer. Vale ressaltar a importância da ingestão de alimentos mais leves e de acompanhamento médico para quem quer emagrecer. Muitas pessoas seguem dietas malucas, o que está errado, pois cada um tem um metabolismo diferente —, disse a nutricionista Sandra Hisse que enfatiza o emagrecimento sadio.

 Então, fica a dica, na hora de se preparar para o verão é essencial buscar profissionais gabaritados e ter equilíbrio na alimentação.

G1