Doenças pelas Mãos

Lavar as mãos, um simples hábito pode prevenir doenças


Lavar as mãos tem jeito


Os micro-organismos possuem papel importante em nossas vidas. Eles podem ser úteis ou nocivos a nós, dependendo de seu tipo e a que se destina. Por exemplo, alguns micro-organismos compõem a flora intestinal e são os responsáveis para que nosso intestino funcione regularmente. Outros podem ser utilizados para a fabricação de alimentos, como queijos e iogurtes. 

Aqueles nocivos à saúde humana são, geralmente, chamados de germes e podem ser bactérias, fungos ou vírus. Os germes são os responsáveis por infecções respiratórias e gastrointestinais, por exemplo, e estão presentes nas superfícies em geral, nos alimentos, água, animais, utensílios, objetos de uso pessoal e, principalmente, no ser humano, o maior transmissor de germes, pois está sempre em movimento. 


Desta forma, os micro-organismos podem ser transferidos de pessoa para pessoa ou de uma fonte a uma pessoa, por contato direto ou indireto. A transferência de uma superfície para uma pessoa é o que chamamos de contaminação cruzada, a grande responsável por doenças no mundo. 



Mas por que lavar as mãos?






John Oxford, Presidente do Hygiene Council e professor de Virologia na Barts and the London School of Medicine & Dentistry, em Londres/Inglaterra, disse: "É importante que não nos tornemos displicentes quando se trata de praticar boa higiene. (...) A lavagem das mãos e a desinfecção das superfícies são sempre importantes para a proteção contra infecções, mas em momentos de maior risco, como durante uma pandemia, essas ações são mais necessárias". 


As mãos são uma das principais vias de contaminação que existem, pois são elas que utilizamos para tocar tudo e todos. Caso as mãos estejam limpas e toquem algo contaminado é o suficiente para que a "cadeia" da transmissão seja iniciada. O contrário também é válido: manipular algo que está limpo com as mãos contaminadas oferece o mesmo risco. 



Isso ocorre porque os micro-organismos nocivos podem sobreviver períodos significativos sobre as superfícies. Portanto, lavar as mãos é a maneira mais importante, para ajudar na redução da disseminação de doenças e transmissão de germes. 



Segundo a Dra. Priscila Ligeiro Ésper, Clínica Geral e Nefrologista da Unifesp, o mais importante é sempre cobrir a boca e o nariz ao espirrar, lavar as mãos logo após e evitar tocar outras pessoas e superfícies de uso público. 



Segundo pesquisas, o simples ato de lavar as mãos pode reduzir: 



- Doenças diarreicas em 43%;



- Os riscos de aquisição de problema estomacal em 47%;



- Em 16% o risco de infecções respiratórias.



Lavar as mãos tem jeito





Apesar de ser uma ação bastante corriqueira lavar as mãos também requer atenção, principalmente quando se torna um movimento mecânico. 



Para garantir que as mãos fiquem limpas de verdade é preciso seguir alguns passos, certificando-se que a água a ser usada seja tratada.



Este procedimento deve durar entre 15 e 30 segundos para garantir que todas as "dobrinhas" da mão estejam devidamente limpas. Os punhos também devem ser lavados, porém somente após a limpeza das mãos. 



Família da limpeza


Para complementar a limpeza das mãos, dois aliados entram em ação: o sabonete bactericida e o álcool. 


Os sabonetes bactericidas, no princípio, foram desenvolvidos para a utilização dos profissionais da saúde no preparo dos médicos para cirurgias. Mesmo divididos em duas categorias, em barra ou líquido, ambos possuem o mesmo princípio ativo, o triclosan, responsável pela eliminação de 99% dos germes. 



O sabonete em barra, além de ser excelente para a lavagem de mãos pode ser utilizado também para banhos, pois protege a pele contra micro-organismos que causam mau odor. Segundo o Professor Dr. Eitan Berezin, chefe do departamento de doenças infecciosas pediátricas do Hospital Universitário da Santa Casa em São Paulo/SP, a opção líquida é dez vezes mais eficaz que em barra, pois o líquido não é manipulado, o que dificulta a contaminação. 



O álcool só funciona quando sua concentração alcóolica é de 70%, pois apenas esta porcentagem é capaz de matar bactérias e vírus, incluindo o da gripe A (H1N1) . Para a desinfecção de mãos o mais indicado é o álcool em gel, pois este, além de não ressecar a pele, promove ação mais prolongada de proteção. É uma saída quando não há opção de lavar as mãos. Atenção: para a finalidade de assepsia, o álcool gel deve ter concentração de 70% e deve ser registrado junto à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 




Limpeza X Desinfecção






Os cuidados com a higiene não devem se prender somente às mãos ou ao corpo é muito importante manter residências e escritórios limpos e desinfetados. Para tanto, é preciso saber quais as diferenças entre limpeza e desinfecção. 


A limpeza é o processo no qual a sujeira é dissolvida em água e, posteriormente, removida. Seu objetivo é eliminar todo tipo de matérias indesejáveis, como restos de comida, gordura, incrustações e alguns germes presentes nos ambientes, equipamentos e utensílios. Para uma boa limpeza é necessário o uso da água combinada a um detergente que, por meio de reações químicas, elimina a sujidade. 



Já a desinfecção é o método capaz de eliminar a maioria ou a totalidade dos micro-organismos nocivos e tem o intuito de reduzir ao máximo a possibilidade de contaminação e disseminação de doenças. Existem diversos produtos no mercado destinados a esse fim. Para saber quais micro-organismos combatem, leia o rótulo do produto ou consulte o serviço de atendimento ao consumidor do fabricante. 



Ambientes e objetos podem parecer limpos, mas podem estar contaminados. Conhecidos por fomites são substâncias inanimadas ou partículas capazes de transmitir doenças ou de transportar germes nocivos e que se tornam fontes de infecção. Os micro-organismos sobrevivem em fomites por minutos ou horas e são mais comuns em vestuários, tecidos de papel, escova de cabelos e utensílios de alimentação e culinária.


Porém, a atenção deve ser redobrada quando se trata de ambientes públicos, como ônibus, metrô, trem, banheiros, bibliotecas, locais com corrimões, hospitais, pois por serem muito frequentados são mais propícios às contaminações. O telefone celular, tão comum nos dias de hoje, deve ser limpo e desinfetado regularmente, pois o aparelho também é usado em situações quando as mãos não estão devidamente higienizadas. Conheça os vilões 



Campylobacter: bactérias responsáveis pela maioria dos casos de diarreia em todo o mundo. O homem e os animais são infectados pela ingestão de produtos animais, água, contato pessoal com outras pessoas e animais. O feto pode ser contaminado durante o parto caso a mãe seja portadora. 



Salmonella spp.: bactérias que causam infecções sistêmicas, febre tifoide e paratifoidea e gastroenterites. As infecções podem ser assintomáticas, transitórias ou crônicas e as principais fontes de transmissão são alimentos contaminados, como ovos e carne de aves. 



Escherichia Coli: bactéria que pode causar diarreia, infecção urinária, doença respiratória e pneumonia, presentes nas fezes humanas e de animais. Resultam em contaminação pelo consumo de comida contaminada, leite não pasteurizado, água não tratada e contato com dejetos de animais ou pessoas contaminadas. 



Shigella: bactéria causadora da doença aguda no intestino delgado, gera diarreia infecciosa, geralmente acompanhada de cólicas, sangue, pôs ou muco. Para que a infecção ocorra é necessário que os germes sejam ingeridos e isso acontece quando as pessoas não lavam as mãos com água e sabão após ir ao banheiro ou trocar fraldas e também em piscinas e lagos com quantidade insuficiente de cloro. 



Listeria monocytogenes: encontrada na natureza e no trato intestinal dos animais, este micro-organismo pode causar a listeriose, responsável por septicemias e meningites, capaz até de causar abortos. Resistente a temperaturas de refrigeração, sua contaminação está associada a manipulação inadequada dos alimentos. 



Staphylococcus aureus: é adquirida por cortes na pele, contato com doentes e ingestão de alimentos pré-salgados. Ela pode causar foliculite, pneumonia, furúnculo, meningite, infecções urinárias, intoxicação alimentar. Sua transmissão ocorre com a ingestão de um produto ou alimento contendo a enterotoxina estafilocócica, alimentos manipulados por pessoas portadoras da bactéria, secreções de nariz e boca, ferimentos nas mãos, abcessos ou acnes, alimentos de origem animal não cozidos ou não resfriados corretamente, superfícies e equipamentos contaminados. 



Vírus Influenza A, B e C: o tipo A é capaz de infectar diversos animais, incluindo o homem; o B e o C, basicamente, infectam seres humanos. Porém os vírus A e B são capazes de causar epidemias, ao contrário do C que não tem potencial endêmico. Sua transmissão acontece por meio de gotículas eliminadas por tosse ou espirro, penetrando pelas mucosas do nariz, olhos e garganta. Ela também ocorre pela contaminação das mãos com secreções respiratórias, contato direto com outras pessoas (aperto de mãos) ou indireto (tocar em superfícies contaminadas). Veja outras dicas para sua higiene pessoal.








Fonte: Bbel.uol.com.br/comportamento; Por Equipe BBel


O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS?


É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde(3). Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento(9). O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante.


POR QUE FAZER? 


As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados(9). 



A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota transitória(10). A microbiota residente é constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele. 



A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução anti-séptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus.



Os patógenos hospitalares mais relevantes são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp., Enterobacter spp. e leveduras do gênero Candida(11). As infecções relacionadas à assistência à saúde geralmente são causadas por diversos microrganismos resistentes aos antimicrobianos(12), tais como S. aureus e S. epidermidis, resistentes a oxacilina/meticilina; Enterococcus spp., resistentes a vancomicina; Enterobacteriaceae, resistentes a cefalosporinas de 3a geração e Pseudomonas aeruginosa, resistentes a carbapenêmicos(13).



As taxas de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são maiores em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido a vários fatores: maior volume de trabalho, presença de pacientes graves, tempo de internação prolongado, maior quantidade de procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos(14,15).


PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?


A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: 



• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato; 

 • Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. voltar 



QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÃOS?



Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado(16).voltar 



COMO FAZER? QUANDO FAZER?



As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico.



A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo(8,9,16):




USO DE ÁGUA E SABÃO




Indicação:



Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. 

 Ao iniciar o turno de trabalho. 
 Após ir ao banheiro. 
 Antes e depois das refeições. 
 Antes de preparo de alimentos.
 Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
 Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.



USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA 




Indicação



Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir: 



Antes de contato com o paciente 



Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde. 



Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de cortesia e conforto.




Após contato com o paciente 



Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente. 



Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos 



Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde. 



Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias oftálmica e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).



Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico



Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos 

 das mãos do profissional de saúde.
 Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos.


Após risco de exposição a fluidos corporais 



Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.



Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente 



Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma determinada área para outras áreas de seu corpo.



Exemplo: troca de fraldas e subseqüente manipulação de cateter intravascular.



Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com freqüência na rotina profissional. Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na seqüência: sítio menos contaminado para o mais contaminado.



Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente 



Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. 



Exemplos: manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste da velocidade de infusão de solução endovenosa. 



Antes e após remoção de luvas (sem talco)



Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. 



As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos. 



Outros procedimentos 



Exemplo: manipulação de invólucros de material estéril.  Importante

Use luvas somente quando indicado. 
Utilize-as antes de entrar em contato com sangue, líquidos corporais, membrana mucosa, pele não intacta e outros materiais potencialmente infectantes. 
Troque de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente. 
Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada.
Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas. 
Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos. 
Lembre-se: o uso de luvas não substitui a higienização das mãos! 



USO DE ANTI-SÉPTICOS



Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das mãos e degermação da pele.



Indicação:



Higienização anti-séptica das mãos

Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes.
 Nos casos de surtos. 


Degermação da pele

No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica). 
Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros. Importante
De acordo com os códigos de ética dos profissionais de saúde, quando estes colocam em risco a saúde dos pacientes, podem ser responsabilizados por imperícia, negligência ou imprudência(17,18,19,20).


Fonte: Anvisa.gov.br



Lavar as mãos pode evitar contaminação por superbactéria


Por Taíza Brito, com informações da Agência Brasil


Em 15 de outubro foi comemorado pela primeira vez no Brasil o Dia Mundial de Lavar as Mãos, data comemorativa criada pela Unicef  junto com organizações não-governamentais ligadas à saúde, com o intuito de reforçar a importância de lavar as mãos para prevenir doenças e incentivar hábitos saudáveis.



Pois este hábito simples, mas muitas vezes esquecido no dia a dia, é apontado bióloga Ana Paula Carvalho Assef, do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como a solução para conter um possível surto de contaminação pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC).



A sugestão da bióloga é que os hospitais obriguem as pessoas a lavarem as mãos ao visitar os pacientes. A unidade em que Ana Paula trabalha é credenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para confirmar os casos de KPC no país.



“São as medidas básicas de controle de infecção, como lavar as mãos antes e depois de entrar em contato com o paciente. A comissão do hospital deve estar alerta para esse tipo de coisa e orientar os visitantes e toda a equipe clínica que esteja tratando esses pacientes”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.



A bióloga ressaltou que esses cuidados básicos evitam contaminações perigosas e que geram altos custos para serem tratadas. “Você fica sem opção de tratamento e as alternativas para combater essas bactérias são antibióticos tóxicos e muito mais caros.”



Segundo ela, a KPC foi identificada em 2001, nos Estados Unidos, a partir de uma amostra de 1996. Nos anos de 2003 e 2005, ela provocou surtos em Nova York e depois se espalhou pelo mundo, com casos registrados na Argentina, Colômbia, em Israel e outros países.



Apesar da grande expansão da KPC, a bióloga da Fiocruz afirmou que não há riscos de haver uma contaminação generalizada da população, pois a bactéria é inerente ao ambiente hospitalar, onde há um grande número de pacientes debilitados, com procedimentos invasivos e recebendo altas cargas de antibióticos. “Uma pessoa saudável não vai se infectar por essa bactéria, nem vai haver um surto de KPC na comunidade. É um problema dos hospitais que deve ser controlado. É preciso cuidado para a comunidade não servir de veículo para levar a bactéria a pacientes debilitados.”



Ana Paula Carvalho Assef explicou que a KPC é uma bactéria comum, presente no sistema digestivo de quase todas as pessoas, mas que nos últimos anos adicionou uma informação nova ao seu DNA, passando a produzir uma enzima, a carbapenemase, que destrói a maior parte dos antibióticos, garantindo resistência.



A bióloga considerou positivo o controle que o Ministério da Saúde quer implantar sobre a venda de antibióticos no país, a fim de evitar que as pessoas comprem os medicamentos sem receita médica e sem conhecimento da correta administração. Um dos motivos da resistência de bactérias é justamente o fato de o tratamento não ser seguido até o fim, abandonado quando se nota as primeiras melhoras.



Micróbios, vírus, fungos e bactérias estão por toda a parte. Um ato simples como lavar as mãos é indispensável, seja em espaços públicos ou nas próprias residências.  Deve-se lavar as mãos depois de ir ao banheiro, antes de se alimentar, após contato com secreções, com os olhos, após cumprimentar as pessoas, etc. Além de água e sabão, o álcool também é indicado para higienizar as mãos.



Confira abaixo os 12 passos para lavar as mãos indicados pelo Ministério da Saúde:



1 – Molhe as mãos com água



2 – Aplique a quantidade suficiente de sabonete para ensaboar as mãos



3 – Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si



4 -Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa



5 – Entrelace os dedos e friccione os espaços entre os dedos



6 – Esfregue o dorso dos dedos de uma das mãos com a palma da mão oposta, com movimentos de vai e vem, segurando os dedos, e vice-versa



7 – Esfregue o polegar esquerdo em movimento circular, com o auxílio da palma da mão direita, e vice-versa



8 – Friccione, fazendo movimento circular, as pontas dos dedos e as unhas da mão direita contra a mão esquerda, e vive-versa



9 -   Enxágüe bem as mãos com água



10 – Seque as mãos com papel toalha descartável



11 -  Utilize sempre o papel toalha para fechar a torneira e jogue-o no lixo após o uso



12 – Agora suas mãos estão limpas!



Fonte: Vivapernambuco.com.br

Um comentário:

  1. evito tocar em tudo de uso coletivo evito ir a festas onibus hospitais cemiterios e etc e se eu fizer passo alcool gel nas maos tenho nojo emedo de contrair doencas gostaria de saber se o que faco e necessario ou esta exagerado alguns dizem que sou doente por favor esclareca minhas duvidasmuito obrigado

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